Itaú Unibanco, Vale e Axia anunciaram pagamentos bilionários para garantir a isenção de imposto antes da virada do ano.
- REDAÇÃO

- 30 de nov.
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Enxurrada de dividendos marca o fim de 2025 no mercado brasileiro. Itaú Unibanco, Vale e Axia Energia anunciaram pagamentos bilionários de proventos em uma corrida para garantir a isenção de imposto antes da virada do ano. A partir de 2026, lucros e dividendos voltarão a ser tributados, encerrando 30 anos de isenção para pessoas físicas.
A mudança vem com a nova lei do Imposto de Renda, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que isenta salários de até R$ 5 mil e amplia o benefício até R$ 7.350, mas retoma a tributação dos dividendos. Desde janeiro de 2026, dividendos acima de R$ 50 mil por ano terão 10% de IR na fonte. Fica preservada a isenção para lucros apurados em 2025, desde que aprovados até 31 de dezembro. Já o JCP segue com 15% de IR.
Nos anúncios recentes, o Itaú Unibanco liderou com R$ 23,4 bilhões em dividendos e JCP, pagando R$ 1,86 por ação em dividendos e R$ 0,36 por ação em JCP. A Vale aprovou R$ 15,3 bilhões, totalizando R$ 3,58 por ação nesta rodada e R$ 7,62 por ação no ano, com dividend yield estimado em 11,5%. Já a Axia Energia declarou dividendos sobre quase R$ 40 bilhões em lucros acumulados — ainda sem valor por ação definido — além de R$ 4,3 bilhões em dividendos intermediários; o total pode chegar a R$ 48,3 bilhões.
Com a nova regra, 2026 tende a ser um divisor de águas para quem vive de dividendos: o retorno líquido cai, carteiras podem migrar para valorização e recompra de ações, e a seleção de empresas ficará mais criteriosa diante do impacto dos tributos no preço das ações.












