Jorginho Mello defende união de forças para conter avanço do crime organizado em reunião no Rio
- REDAÇÃO

- 31 de out.
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O governador Jorginho Mello participou nesta quinta-feira (30), no Rio de Janeiro, de um encontro entre governadores das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, que discutiu a criação de uma ampla aliança nacional contra o crime organizado. A principal decisão do encontro foi a criação do “Consórcio da Paz”, proposta pelo governador catarinense, para integrar os estados nas ações de enfrentamento às facções.
Segundo Jorginho Mello, o objetivo é proteger o cidadão de bem e garantir segurança às famílias. “O crime é contagioso. A união de forças é essencial para impedir que ele se espalhe ainda mais”, afirmou. O governador também defendeu que os estados tenham autonomia nas ações de segurança pública, com apoio financeiro da União, e criticou a tentativa de centralização por parte do Governo Federal.
Ele destacou que Santa Catarina é o estado mais seguro do país, mas precisa de reforço nas fronteiras e investimentos em equipamentos. Sobre o desarmamento civil, Mello observou que o problema está no armamento pesado das facções, que entra no Brasil pelas fronteiras.
Enquanto isso, as forças de segurança catarinenses acompanham de perto os desdobramentos da megaoperação no Rio de Janeiro. Segundo o secretário de Segurança Pública, coronel Flávio Graff, há monitoramento constante de possíveis criminosos que tentem migrar para o estado. “Santa Catarina mantém o controle sobre seus territórios e atua de forma preventiva, com identificação, monitoramento e prisões de integrantes de facções”, afirmou.
A Polícia Militar intensificou o monitoramento nas estradas e fronteiras estaduais, enquanto a Polícia Civil reforça as ações de inteligência e combate financeiro às organizações criminosas. “Quebramos as facções cortando seus recursos. Já são bilhões de reais em patrimônio bloqueado”, destacou o delegado-geral Ulisses Gabriel.
No sistema prisional, a Secretaria de Justiça e Reintegração Social informou que a situação está sob controle, sem reflexos da crise fluminense.
Em âmbito internacional, o governo do Paraguai anunciou que vai classificar o PCC e o Comando Vermelho como organizações terroristas, intensificando a cooperação com o Brasil no combate às facções e suas redes de financiamento.
Foto: Secom SC












