Santa Catarina: o novo destino de pessoas que buscam qualidade de vida e oportunidades econômicas
- REDAÇÃO

- 1 de out.
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Santa Catarina vive um novo ciclo migratório e econômico, que tem atraído estrangeiros e brasileiros de diferentes regiões do país. Entre 2017 e 2022, o estado recebeu mais de 600 mil novos moradores, consolidando-se como o principal destino migratório do Brasil. A capital, Florianópolis, lidera o fluxo, seguida por cidades como Joinville, Palhoça, Itajaí e Blumenau.
O que explica essa atração? Especialistas apontam a combinação de qualidade de vida, oportunidades de trabalho e crescimento imobiliário. O estado apresenta indicadores sociais e econômicos expressivos: possui o menor índice de desemprego do país, a taxa de informalidade mais baixa e a maior proporção de empregados com carteira assinada. Além disso, a desigualdade social é menor do que a média nacional, e a média salarial se mantém entre as mais altas do Brasil.
O turismo e a cultura também desempenham papel central. Florianópolis e sua região metropolitana, que reúne mais de 1 milhão de habitantes, são polos de eventos nacionais e internacionais, além de concentrarem grandes empresas e startups. Esse dinamismo reforça a atração de profissionais qualificados e investidores, intensificando o crescimento urbano e imobiliário.
O mercado imobiliário catarinense acompanha esse movimento. O litoral concentra projetos de alto padrão, destinados muitas vezes a segunda moradia, enquanto cidades como Florianópolis, Blumenau e regiões do interior registram maior demanda por moradias para primeira residência. O crescimento populacional elevou preços e reduziu a disponibilidade de imóveis, especialmente em áreas valorizadas próximas a centros de serviços e espaços verdes.
Apesar do avanço, o crescimento não é homogêneo. Municípios de pequeno porte enfrentam perda populacional, enquanto o litoral central concentra a maior parte do desenvolvimento. A valorização imobiliária e o aumento de aluguéis têm gerado desafios, incluindo déficit habitacional estimado em cerca de 190 mil moradias. Esse fenômeno evidencia o contraste entre prosperidade econômica e pressões sociais e urbanísticas.
O crescimento populacional também pressiona a infraestrutura urbana. Rede de água, esgoto, transporte público e áreas de preservação ambiental enfrentam limites, e a ocupação informal em morros e margens de rios expõe riscos ambientais e sociais. A expansão das favelas e comunidades vulneráveis acompanha a chegada de migrantes e a dificuldade de acesso à moradia acessível.
Santa Catarina, portanto, apresenta um cenário de oportunidades e desafios. A beleza natural, o mercado de trabalho dinâmico e a diversidade cultural atraem novos moradores e turistas, impulsionando a economia. Ao mesmo tempo, a gestão urbana e habitacional precisa avançar para equilibrar crescimento e qualidade de vida, garantindo que o estado continue sendo referência em desenvolvimento sustentável e bem-estar.











