Sem ajuda do câmbio, queda da taxa Selic depende do ajuste fiscal, alerta economista
- REDAÇÃO

- 31 de out.
- 1 min de leitura

A recente queda do dólar ajudou a segurar a inflação no Brasil, mas esse efeito já chegou ao fim. A avaliação é do economista Carlos Kawall, ex-secretário do Tesouro Nacional. Segundo ele, sem o “vento a favor” do câmbio, a redução da taxa Selic dependerá cada vez mais do equilíbrio fiscal, algo que o país ainda não conseguiu alcançar.
Neste ano, o dólar caiu cerca de 15% frente ao real, o que barateou importados e reduziu custos internos. Mas, com o Federal Reserve sinalizando uma pausa nos cortes de juros nos Estados Unidos, o real pode perder força, tirando esse alívio.
Com o câmbio neutro, o foco volta à política doméstica. Se o governo aumentar gastos, o Banco Central pode ter que segurar os juros — ou até elevá-los novamente.
Para Kawall, a Selic só cairá de forma consistente se o governo mostrar responsabilidade fiscal, permitindo ao BC agir com segurança contra a inflação.












