O desafio do setor energético para atender a demanda das empresas ligadas ao setor de IA
- REDAÇÃO

- 30 de nov.
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Os Estados Unidos enfrentam um desafio energético sem precedentes impulsionado pela inteligência artificial. Entre 2025 e 2030, gigantes como OpenAI, Google, Microsoft, Amazon e Meta planejam mais que dobrar a capacidade de seus datacenters, elevando o consumo atual de 40 gigawatts — energia suficiente para 30 milhões de residências.
O custo dessa expansão é estimado em US$ 2,5 trilhões, sendo cerca de 80% destinados à compra de chips de IA, principalmente de empresas como Nvidia e AMD. Outros US$ 500 bilhões serão necessários para ampliar a geração e transmissão de energia. Segundo o Goldman Sachs, até 2030 os datacenters podem responder por mais de 10% de toda a eletricidade consumida no país.
O crescimento acelerado já pressiona a infraestrutura. Projetos bilionários estão prontos, mas sem acesso à rede elétrica, enquanto concessionárias exigem contratos longos e garantias de consumo. Diante disso, empresas passaram a investir em geração própria, sobretudo com turbinas a gás, prática comum no Texas, onde a regulação é mais flexível.
No curto prazo, o gás natural deve suprir cerca de 60% da nova demanda. Há também um retorno do carvão, impulsionado por mudanças regulatórias, e um avanço estratégico da energia nuclear, com reatores antigos sendo reativados e novos projetos em desenvolvimento.
Apesar dos alertas, especialistas veem o momento como uma oportunidade. Com forte acesso a capital e capacidade de adaptação, os EUA apostam que conseguirão expandir sua matriz energética para sustentar o crescimento da IA — tecnologia vista como essencial para manter a liderança econômica e tecnológica global. Esse é um momento de grandes oportunidades principalmente para o Brasil e, em especial, para Santa Catarina. O país pode se tornar um polo de energia renovável, atraindo datacenters internacionais em busca de fontes sustentáveis. Além disso, Santa Catarina, com sua infraestrutura e potencial em energia renovável, pode se consolidar como um hub tecnológico, gerando emprego e atraindo investimentos em tecnologia e inovação.












