Resultados das grandes siderúrgicas mostram força no exterior e desafios no mercado interno
- REDAÇÃO

- há 6 dias
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Apesar das pressões no mercado brasileiro de aços, os resultados do terceiro trimestre de 2025 (3T25) para as gigantes do setor siderúrgico continuam sob expectativa, especialmente pelo alívio que vem de fora do Brasil. É o caso de Gerdau, Usiminas e CSN, cujos números serão divulgados nos próximos dias — a Usiminas na sexta-feira (24), a Gerdau no dia 30 de outubro e a CSN em 4 de novembro.
No Brasil, o cenário permanece difícil. Para a Gerdau, por exemplo, embora suas operações na América do Norte apresentem bons preços e custos controlados, a unidade nacional enfrenta queda de preços e margens apertadas. Segundo a avaliação da XP Investimentos, os bons resultados externos devem compensar os impactos domésticos. A previsão do Itaú BBA é de um Ebitda da Gerdau em torno de R$ 2,75 bilhões, um aumento de cerca de 5% em relação ao trimestre anterior.
Para a Usiminas, a expectativa também é relativamente comedida. A melhora viria principalmente de minério de ferro mais caro, mas a divisão de aço segue com preços realizados em queda — a pessoa que assina o relatório fala em uma queda de 3,3% nos preços da divisão de aço no trimestre comparado ao anterior, enquanto os custos teriam caído somente cerca de 3%. O Ebitda estimado da casa de análise Genial Investimentos é de aproximadamente R$ 411 milhões, praticamente estável frente ao trimestre anterior, mas com queda na comparação anual.
Já na CSN, a aposta se volta para seu braço de mineração, que pode energizar o resultado geral — enquanto a siderurgia em si deve sofrer com preços mais baixos e margens apertadas. A Banco of America projeta um Ebitda total da CSN de R$ 3,243 bilhões, com as operações de aço isoladas caindo para R$ 443 milhões. A XP espera receita líquida de R$ 11,5 bilhões (+8% sobre o trimestre e +4% sobre o ano) e Ebitda de R$ 3,1 bilhões (+16% t/t e +34% a/a), impulsionada sobretudo pela mineração.
Voltando ao panorama geral, embora o Brasil ainda pressione o setor siderúrgico, o mercado global – especialmente a América do Norte – aparece como alívio, com preços mais altos do aço e mecanismos de precificação positivos. Essa combinação tem levado casas como o Itaú BBA a classificar as siderúrgicas e mineradoras como destaque da temporada de resultados. De olho adiante, o desafio será a sazonalidade e os custos no quarto trimestre, bem como esforços para redução de custo de produção em 2026.











