Falta de caminhoneiros causa prejuízo de R$ 30 milhões por mês em Santa Catarina, segundo setor.
- REDAÇÃO

- 30 de out.
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Transportadoras de Santa Catarina enfrentam uma grave escassez de motoristas: cerca de 8 mil caminhões estão parados nos pátios, gerando prejuízo estimado em R$ 30 milhões por mês. O problema afeta diretamente o setor de transporte, crucial para a economia estadual e nacional.
Segundo o presidente do Setransc (Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas e Logística do Sul de SC), Lorisvaldo Piuco, a crise tem três causas principais: insegurança nas estradas, baixo interesse dos jovens pela profissão e salários pouco atrativos. “Se der uma melhora na economia, a situação vai explodir não só em SC, mas em todo o Brasil”, alerta Piuco.
A insegurança é apontada como o fator mais crítico. Além de assaltos e roubo de cargas, os motoristas enfrentam infraestrutura rodoviária precária, com lentidão e riscos em pontos como o Morro dos Cavalos, em Palhoça, palco de acidentes graves e debate sobre melhorias. A falta de pontos de apoio adequados também dificulta o descanso e a segurança durante as jornadas.
O desinteresse dos jovens agrava a situação. Muitos preferem carreiras em tecnologia, mesmo com o setor de transportes se modernizando com caminhões tecnológicos e processos automatizados. Por fim, a baixa remuneração, especialmente no setor de carga fracionada, torna a profissão pouco atraente diante dos riscos e da exigência física.
O Setransc e outros sindicatos do Sistema Fetranscesc discutem soluções, incluindo valorização salarial e ajustes no frete, para atrair novos motoristas. “A necessidade de profissionais é enorme. Ter 7 a 8 mil caminhões parados em 2025 é um absurdo. Precisamos agir para reverter essa situação”, afirma Piuco.
O Sistema Fetranscesc reúne entidades de todo o estado, representando interesses do transporte de cargas e logística, com o objetivo de fortalecer o setor e buscar soluções para a crise de mão de obra.












