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Sobra energia no Brasil, mas a conta de luz continua alta: entenda os motivos

  • Foto do escritor: REDAÇÃO
    REDAÇÃO
  • 31 de out.
  • 1 min de leitura
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Mesmo com reservatórios cheios, recordes de geração eólica e expansão da energia solar, o brasileiro segue pagando caro pela luz. Em 2025, a tarifa residencial subiu 16%, bem acima da inflação. O motivo, segundo especialistas, está na estrutura da tarifa, e não na oferta de energia.


Hoje, apenas 30% da conta corresponde ao consumo de eletricidade. Os outros 70% são formados por custos fixos, encargos e impostos. Parte dessa distorção vem dos contratos de longo prazo firmados após o apagão de 2001. Mesmo com a energia mais barata, esses contratos, indexados à inflação, mantêm os preços em alta.


Outros fatores pesam na conta, como a energia de Itaipu, atrelada ao dólar, e as térmicas obrigatórias, contratadas por lei, que custam cerca de R$ 5 bilhões ao ano. Além disso, o país ainda enfrenta gargalos na transmissão, que geram desperdício de energia limpa, e custos com furtos e inadimplência, que somaram R$ 10,3 bilhões em 2024.


O maior peso, porém, vem dos encargos e subsídios. A Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), criada para financiar políticas públicas, saltou de R$ 18 bilhões em 2018 para R$ 49 bilhões em 2025. Parte desses recursos financia benefícios antigos, como o subsídio ao carvão e os incentivos à energia solar e eólica, que somam mais de R$ 20 bilhões por ano.


No fim, o consumidor paga não só pela energia, mas também pelos incentivos, perdas e impostos embutidos — um retrato de como a complexidade e os custos históricos do sistema travam a queda da conta de luz no Brasil.


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